Assim é de desanimar com a profissão...

Estou trabalhando em uma reportagem encomendada sobre uma região inóspita do Mato Grosso. Até aí tudo bem. Não é nada grandioso, apenas o assessoramento para uns agricultores. Só que remexendo em papéis, falando com técnicos, burocratas e fontes de todo tipo, vejo que há uma boa oportunidade para fazer uma matéria free lancer bacana. São golpes de todo tipo. É inacreditável o que o pessoal faz para dar nó no Governo Federal. Maaaaaas… claro que não tenho grana e estrutura para percorrer centenas de quilômetros, procurando lobistas, políticos, pistoleiros e pilantras de todo tipo.

Resumindo: a costela gorda está pronta e estou sem uma faca afiada. Lógico que não quero largar tudo no e-mail de um repórter da Folha ou do Estadão e ficar chupando o dedo. É quente! Estou dizendo!

Pesquisando na internet, notei que não existe – pelo menos, como penso – uma agência com suficientes contatos para fazer a ponte entre repórteres frilas e grandes veículos.

Dá para acreditar? Eita, raça desorganizada e mesquinha a nossa! Quando me dizem que jornalista não vale nada, nem discuto mais. Eu seria o primeiro sócio de uma empresa nesses moldes, pagaria anuidade, impostos, tudo! Pena que, nessa minha profissão famigerada, é cada um por si, e todos contra todos.

Pensei até em registrar uma pré-pauta em cartório e, depois, partir para minha tentativa de emplacar ela em algum veículo. Entretanto, os donos do carimbo querem me cobrar o peso do papel impresso em diamantes!

Dá para ser feliz nesse país?! E o pessoal fica torrando o nosso saco com diploma! Criando animosidade entre colegas de trabalho! É de chorar!

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a coisa parece estar caminhando por uma estrada parecida com aquela que eu sugiro. Vejam o relato do professor Alec Duarte no seu WebManário.